Em minhas bocas me perco,
na lama das minhas mãos,
em objetos, manhãs, noites,
invernos...
no calor da minha quietude,
no cinza turvo dos lagos,
nos meus olhos ígneos e no interior
de infernos.
Em escadas, em janelas, e altos andares
está a minha cara funda, minha tristeza funda
e a fundura de poços
eternos.
Conquanto mais me afundo,
mais raso pareço ser...
como se tudo não passasse de um
corte...
Como milhares de coisas inúteis.
Eu, inútil, sempre a confabular,
a sumir, douto e estúpido, e me achando ter
sorte.
E a emudecer, a perder a visão...
morando em boracos, na transparência da treva.
E na claridade onisciente e absoluta da
morte.
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